Dança Tribal

*** 2015 Novas Informações


"O espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas."
Clarissa Pinkola Estes
 Adriane Lopes apresentação especial na Samadhy Escola de Dança/SP

"A pesquisa Dança Tribal Àquela que Sabe nasceu talvez junto com a dança em meu corpo, junto com as batidas do coração de minha mãe enquanto nadava no inconsciente de sua bolsa mágica e rica e aconchegante e protetora. Ma Mãe Mater Matriz. Origem sânscrita milenar. A pergunta intrínseca em  todo ser existente/pulsante na matéria: De onde viemos e para onde vamos?
A conexão com a Natureza e seus princípios cósmicos naturais e orgânicos, a sabedoria indígena cada vez mais divulgada em nossa sociedade europeizada e civilizada e educada e castrada e evangelizada.
Estas realidades, criadas através das mídias pessoais desenvolvidas através do avanço tecnológico da internet, estão possibilitando uma maior liberdade de pensamentos e formas de vida individuais. E o que o ser humano está percebendo é que ele é um ser absolutamente coletivo, natural, religioso, artístico, guerreiro, trabalhador, organizado e criativo. Como as tribos. As organizações Tribais. É preciso que recuperemos o MITO do SAGRADO em Nossa VIDAS. 
Separar os deuses, as religiões, os nomes dos órgãos, os nomes das plantas, ecossistemas, raças, cores, planetas, palavras, estados, países, terras. Para quê? Para termos águas engarrafadas, para criarmos mercados economicamente competitivos? Para quem? Para quem tem o que competir. Explicações, análises, julgamentos, justificativas, classificações, programação. Todas faculdades mentais. Válidas e respeitadas, porém a mente, o crânio, não é maior que o resto do corpo, e nem mais importante do que a carne, as vísceras, o fígado, os rins, os sexos, os sentidos, os prazeres, o coração, as emoções, o espírito de tudo o que existe. A mente mecanicista e aristotélica e darwinista não é mais importante, do ponto de vista cultural da humanidade, do que J.Jung, Antonin Artaud, Hilda Hilst, Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Carlos Marighela, Hugo Chaves, Fernando Pessoa, De Rose, Cartola, Noel Rosa, Dorival Caymmi, Tropicália, Oswald, Mascarados e Nus, O movimento HIP HOP, o movimento do REGGAE, o movimento dos YÔGUIS, o movimento da Cultura Afro-Brasileira. A mente precisa ser focada e direcionada como uma estrela. Como o próprio céu. Ser o céu e a estrela. A estrela para compreender o céu, a imensidão, o infinito espaço sideral interno. 
O que está fora está dentro. Torna-se impossível renegar o caos, o feminino, o sangue, a terra, o instinto, as raízes, a morte, a loucura, o amor.
A pesquisa é fortalecer nossos coletivos e expandir as redes culturais artísticas brasileiras a fim de criarmos a nossa própria subsistência e sustentabilidade.
 O Princípio da Dança Tribal ao meu ver é se conectar com este Sagrado Feminino. Feminino que está em tudo. A identificação com esta energia é diametralmente oposta e complementar ao nosso mundo atual. Portanto necessária: a energia fraterna, de carinho, generosidade, cuidado, atenção, escuta, força interna, calma, paciência, suavidade, leveza, clareza, limpeza, fluidez, movimento, o não julgamento, a não violência também são práticas da energia feminina sutil e desenvolvida.
Despertar essa energia feminina com mulheres mães em potência, flores a embelezar a existência na matéria sólida concreta intensa mortífera e desafiadora, acredito ser um núcleo gerador de energia criativa e amorosa de grande potencial transformador.
Quando digo transformador penso nos detalhes do dia-a-dia. Afinal, deus está nos Detalhes.
Estes assuntos podem parecer um tanto confusos para algumas pessoas, para outras é justamente o que se vêem questionando e buscando respostas. A minha pesquisa não tem  pretensão alguma de um resultado final, ou chegar a uma resposta única, mas tem como objetivo o fortalecimento da auto-estima e auto imagem de força, suavidade e coragem existente no feminino. Nosso mundo está cada vez MAIS Caótico, e neste momento estamos falando na literalidade,  como nossa temperatura atmosférica deste verão de 2013, 2014.
Acredito que a submissão às necessidades ( como diria Antonin Artaud) 
se torna a cada dia mais emergente.
Através de técnicas alicerçadas no Yôga, na Dança do Ventre e no Teatro os encontros de Dança Tribal Àquela que Sabe serão voltados para o auto-conhecimento, a dança feminina, um aumento da flexibilidade e energia vital, um alinhamento dos Chákras através de exercícios de respiração e meditação e é destinado também a potencialização da consciência corporal estética, coordenação motora, memória, diversão e descontração.
As bases do trabalho: Yôga, Dança, Teatro e Butoh enquanto dança "Free Stlyle" são especificações que se entrelaçam tendo o ser humano, sua coluna e sentimentos, mente e espírito indissossiados por questões alquímicas-quânticas: ou seja Orgânicas e Naturais. A busca da integralidade do ser, seu equilíbrio e clareza internos, sua força, atitude e fluidez externos e o desenvolvimento de todos seus dons e talentos reconhecidos pela comunidade em que se vive, com conforto, colaboração, respeito e felicidade. É sem dúvida, o que todos buscamos experienciar na face da nossa mãe Terra, que nos garante alimento, água, luz e terra abundantemente. O que precisamos desconstruir e reconstruir são as falsas ideais sociais impostas como verdades absolutas do que é mal, mau, erro, sexo, mulher, sensualidade, erotismo, paixão, instinto de sobrevivência, terra, lama, emoções e tudo aquilo que por vezes não podemos ou não conseguimos expressar enquanto seres humanos.

 

Alguns vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=pYbdbJHoJ0g

https://www.youtube.com/watch?v=cFUR1hVMWqA 

 

“Não é o bom comportamento, mas a actividade lúdica que é a artéria central, o cerne, o bulbo cerebral da vida criativa. O impulso para o lúdico é instintivo. Sem o lúdico, não há vida criativa. Com o comportamento restrito ao “bom”, não há vida criativa. Quando estamos sentadas sem nos mexer, não há vida criativa. Quando falamos, pensamos e agimos apenas com modéstia, não há vida criativa. Qualquer grupo, sociedade, instituição ou organização que incentive as mulheres a desprezar o que for excêntrico; a suspeitar do que for novo e incomum; a evitar o que for inovador, vital, veemente; a desprezar o que lhe for característico, estará à procura de uma cultura de mulheres mortas.” 

Clarissa Pinkola Estés - "Mulheres que Correm com os Lobos" 

 

BIBLIOGRAFIA

 As cartas do caminho Sagrado, J. Sams

As veias abertas da América Latina, Eduardo Galeano

Tratado de Yôga, De Rose

Mulheres que Correm com os Lobos, Clarissa Pinkola Estés

 

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