quinta-feira, 19 de junho de 2014

Contação de Histórias para crianças de todas as idades

Dia 28 de Julho!!

Tragam as crianças para ouvirem as Aventuras da Bruxa Onilda!
às 15:30 na Confraria dos Alquimistas.
Rua Jorge Kenworth, 111
(15) 3359-4559



ARRAIAR dos Palhaços na Confraria dos Alquimistas

Galera nesse sábado e domingo (21 e 22 de Junho) estaremos nos despedindo dessa primeira temporada do espetáculo Patavina, Bulhufas e etc... da Família Matula de Teatro no espaço da Confraria dos Alquimistas.

Nesse domingo estaremos realizando após a apresentação do espetáculo um arraiár com vinho quente, bolo, paçoca, pão de queijo, música e bate papo em nosso espaço biocultural.

Compareçam!!! Nesse Domingo a pipoca é cortesia dos alquimistas.

Ping-Pong e Gergelim convidam para o ARRAIÁR na Confraria dos Alquimistas

Confiram a propaganda feita pelos palhaçøs AQUI








sexta-feira, 6 de junho de 2014

João Leopoldo e Inauguração da Exposição do artista Torê

Geometrias Sagradas Indianas ao som de João Leopoldo!
Imperdível Noite Sorocabana!
Terça-Santa
10/06
19h
Caldinho Especial Indiano!


domingo, 1 de junho de 2014

 Salve Hermanos! Para essa terça de Blues (Festa 13) um pouco de material Alquimico de Pesquisa para ampliar nossas percepções...

Evoé!!!

Esperamos vocês!

XIII. A Morte (ou Arcano sem Nome)

O Arcano das Transmutações e da Vida Eterna

Compilação de Constantino K. Riemma


O "Arcano sem Nome", a Morte, no Tarot de Marseille-Camoin

Tarô de Marselha-Camoin
Esta carta, comumente designada como “Morte”, não tem nome algum inscrito no tarô de Marselha ou em suas suas variantes mais recentes. No entanto, em jogos similares franceses, do século 17, o título "La Mort" está presente. Veja abaixo a carta de Jean Noblet.

Um esqueleto revestido por uma espécie de pele tem uma foice nas mãos. Do chão negro brotam plantas azuis e amarelas, e diversos restos humanos. O fundo não está colorido.

No primeiro plano, à esquerda, uma cabeça de mulher; à direita, uma cabeça de homem com uma coroa.

Um pé e uma mão aparecem também no chão; outras duas mãos – uma mostrando a palma e outra as costas – brotam atrás, ultrapassando a linha do horizonte.

O esqueleto está representado de perfil e parece dirigir-se para a direita. Maneja a foice, sobre a qual apóia as duas mãos. Em algumas variantes, seu pé direito não está visível.

Para o iniciante, mostra-se como a carta mais temível, mas os estudos simbólicos ajudam a entender um outro sentido no plano da evolução humana.

Significados simbólicos

Grandes transmutações e novos espaços de realização.

Dominação e força. Renascimento, criação e destruição.

Fatalidade irredutível. Fim necessário.


La Mort no Tarô de Jean Noblet

La Mort (A Morte)

Tarô Jean Noblet (1650)
Interpretações usuais na cartomancia

Fim de uma fase. Abandono de velhos hábitos.
Profundidade, penetração intelectual, pensar metafísico. Discernimento severo, sabedoria drástica. Resignação, estoicismo, dom para enfrentar situações difíceis. Indiferença, desapego, desilusão.

Mental: Renovação de idéias, total ou parcial, porque algo vai intervir e tudo transformar; como um fenômeno catalisador ou um corpo novo que modifica totalmente a ação do corpo atual.

Emocional: Afastamento, dispersão. Destruição de um sentimento, de uma esperança.

Físico: Morte, perdas, imobilidade. Completa transformação nos negócios ou atividades.

Sentido negativo: Do ponto de vista da saúde, estagnação de enfermidade ou processo. A morte poderá ser evitada, mas em troca de uma lesão incurável. Segundo sua posição, pode significar a morte, em seus múltiplos matizes, mas também maus acontecimentos, más notícias.

Prazo fatal. Xeque-mate inevitável, mas não provocado pela vítima.
Ânimo baixo, pessimismo, perda de coragem.
Interrupção de um processo para começar de modo diametralmente oposto.

História e iconografia

E provável que a alegoria da morte representada como um esqueleto com a foice, seja original do Tarô; se isto for verdade, trata-se de uma das contribuições fundamentais feitas pelas cartas à iconografia contemporânea, considerando a ampla popularidade desta metáfora macabra.

Van Rijneberk divide o estudo deste arcano em três aspectos: o número treze, o esqueleto, a foice. Como emissário de uma premonição sombria, o treze tem seu antecedente cristão nos comensais da Última Ceia, de onde a tradição extraiu um conto bastante popular da Idade Média: quando treze pessoas se sentam à mesa, uma delas morrerá em breve.

Esta superstição seria herdeira de outras versões mais antigas: Diodoro da Sicília, contemporâneo do imperador Augusto, explica desse modo a morte de Filipe da Macedônia, cuja estátua havia sido colocada junto as dos 12 deuses principais, dias antes de ser assassinado.

Simbolicamente, o 13 é a unidade superadora do dodecadenário, ou seja, a morte necessária de um ciclo completo, que implica também – ainda que este aspecto tenha sido esquecido na transmissão popular – a idéia conseqüente de renascimento.

Na arte cristã primitiva não há traços deste simbolismo durante os primeiros séculos, o que não parece estranho se considerarmos as idéias centrais dos catecúmenos, ou seja, a morte entendida como pórtico de

A Dança da Morte, gravura em madeira de 1493.

Dança da morte
Gravura em madeira (1493) - www.deathreference.com
uma vida melhor, a confiança na proximidade do Juízo Final (e a conseqüente ressurreição da carne); a absoluta falta de medo frente a um estado transitório.

O esqueleto propriamente dito só aparece em todo o seu esplendor nas Danças da morte, disseminadas pelos cemitérios e claustros europeus, quase que simultaneamente, e com certeza não antes do séc. XV.


Tallin's Death

As pestes, no final do séc. XIV, evocam a morte inelutável. Reis ou vassalos, todos são afetados.

Danse Macabre de Bernt Notke, 1440-1509, na Igreja de S. Nicolau, em Tallinn, Estônia. (www.wikipedia.com)



O esqueleto propriamente dito só aparece em todo o seu esplendor nas Danças da morte, disseminadas pelos cemitérios e claustros europeus, quase que simultaneamente, e com certeza não antes do séc. XV.

O tema das composições desse período mostra-se idêntico em todos os lugares: o esqueleto se apodera (o matiz está apenas no grau de violência ou gentileza) de criaturas humanas de ambos os sexos, de qualquer idade e condição.

Outro elemento que as Danças da morte têm em comum é que todas são posteriores ao Tarô, de cuja popularidade puderam extrair o encanto de suas imagens.

A Morte, no Tarot de Oswald Wirth

Oswald Wirth
também não coloca
nome na carta 13
Nestas danças, no entanto, não há esqueletos com foices, mas sim com diversos objetos (uma espada, um arado, um par de tesouras, um arco e flechas) que se referem em geral ao ofício da pessoa que será levada pela morte.

Em Joel (4,13), Mateus (13,39), Marcos (4,29) e no Apocalipse (14,14-20) podem ser encontradas metáforas bíblicas em que se fala da foice como instrumento de justiça empunhado por Jeová, pelo Filho do Homem e, mais tarde, pelos anjos: como derivação deste princípio moral.

Os esotéricos não vêem a morte como falha ou imperfeição: as formas se dissolvem, variam de aparência quando se tornam incapazes de servir ao seu destino. Desse modo, entre o Imperador e a Morte (primeiros termos do segundo e do quinto ternário, respectivamente), há apenas uma diferença de matizes: ao esplendor máximo do poder e da matéria sucede sua extinção, que é uma conseqüência lógica e também uma necessidade. Como parábola do processo iniciático em oposição à vida corrente, é talvez o arcano mais explícito: “O profano deve morrer – lembra Wirthpara que renasça a vida superior que a Iniciação concede”.

A morte guarda relações simbólicas com a terra, com os quatro elementos, e com a gama de cores que vai do negro ao verde, passando pelos matizes terrosos. Também é associada ao esterco, menos pelo que este possa ter de desagradável do que pelo processo de transmutação material que representa.
Contato:
Constantino K. Riemma - contato-ct@clubedotaro.com.br
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores

Outros estudos sobre o arcano da Morte

O Triunfo da Morte. Cláudio Carvalho repassa a história do Arcano 13 e oferece informações sobre a iconografia da Dança da Morte: Da Divina Comédia ao tarô de Crowley

Da Morte e da Torre ou o medo é uma questão de escolha. Emanuel J. Santos examina os temores associados a essas duas cartas : Reflexões sobre a Morte e a Torre

O mês da Morte. Significados que Valéria Fernandes destaca quando o Arcano XIII é selecionado para orientar um mês de vida: Corte dos velhos hábitos

Fragmentos que a filosofia do Arcano sem Nome me inspira, por Eliane Accioly Fonseca. Reflexões sobre uma lâmina desafiadora e inquietante. Com ilustrações da autora: Fragmentos que a filosofia...

Arcano 13. A Morte x Doença x Saúde, texto de Flávia Castellar (Ilankay Soncco) no painel sobre Tarô e Saúde: A Morte x Doença x Saúde

Minha história com o 13, por Morgand. Comentários sobre o simbolismo dessa carta do Tarô na vida pessoal e nas leituras: História

Os Arcanos Maiores na Tradição Cigana. Transcrição do curso que Sarani Barrios ministrou no segundo semestre de 2008, em que revela a singular integração dos arcanos maiores aos diferentes ciclos de vida e às particularidades de cada idade: Os Arcanos Maiores

Curso de Tarô com Betoh Simonsen. Texto integral do livro que Betô preparou para a apresentação do jogo completo das cartas: A Morte

Aprendendo a viver, cuidando de quem está morrendo. Monografia apresentada por Maria Sílvia Junqueira Wolff para conclusão do Curso de Psico-Oncologia, do Instituto Sedes Sapientiae, em 2004. Um texto bem didático que nos ajuda a refletir sobre a questão da morte e a aprofundar os conteúdos referentes ao arcano 13 do Tarô. O texto pode ser lido on-line ou copiado para impressão [26 págs. 14x21cm, para imprimir em 14 folhas tamanho A4. Formato pdf com 186KB]: baixar