Yôga

*** 2015 Novas Informações




"Não há conhecimento como o Sámkhya, não há poder como o Yôga."

Yôga e Consciência, de HENRIQUES, Antônio Renato.


Instrutor Moisés Ameno;

Grande Admirador do trabalho e da pesquisa do Mestre De Rose, desenvolvo aqui o projeto inspirado na filosofia prática do SwáSthya:

Pré-Yôga para Iniciantes ( posturas corporais, respiratórios e relaxamento)

 Yôga:

- mudrá
-pújá
-mantra
-pránáyáma
-kriyá
-ásana
-yôganidrá
-samyama

Sámkhya Yôga: 

"O Sámkhya é considerado o mais antigo de todos os sistemas filosóficos da Índia. Assim como o Yôga clássico, o sistema Sámkhya surgiu de uma tradição oral bem mais antiga.
O termo Sámkhya pode ser tomado em vários sentidos; sua raiz tem a ver com a palavra "número", adquirindo a partir daí o significado de "enumeração" e "classificação perfeita". A "classificação" aqui entendida deve ser a complexa cosmogonia Sámkhya, que toma o universo como o desenvolvimento de vinte e quatro princípios. Todos estes princípios surgem de um dualismo fundamental entre Purusha (espírito) e Prakrití (matéria). No seu desenvolvimento, o universo une os dois pólos, que no homem são responsáveis pela ignorância e o sofrimento."

o Sámkhya se baseia na tradição escrita, o Yôga se funda na tradição oral e na experiência direta. No Sámkhya e no Vêdánta a percepção da verdade é um discernimento (viveka), enquanto no Yôga a verdade é a experiência do êxtase (samádhi). Devido a isso, o Yôga possui uma ontologia mais sintética e prática, faz uso de uma terminologia menos metafísica e mais voltada à aplicabilidade existencial. 

"Apesar das diferenças entre Sámkhya e Yôga, torna-se impossível separar completamente estas filosofias, escrever sobre Pátañjali implica comentarmos também o Sámkhya, como: a dor universal, a criação (de cunho teológico e fruto da ignorância), a relação do espírito com a matéria, a estrutura da vida psíquica, a libertação humana, e o tema de nosso trabalho - a consciência. Todos estes temas se referem de algum modo ao problema da consciência, e serão abordados um a um no decorrer de nossa tarefa. Nela são particularmente importantes os conceitos de Purusha e Prakrití, pois manipulando a interpretação dos mesmos nós faremos considerações sobre: a consciência, o ser e o conhecimento. Diz o Bhagavad-Gíta:

"Ao contrário do sábio, o ingênuo acredita que o método Sámkhya e o Yôga são coisas distintas. Quem se aplica devidamente a um deles colhe o fruto de ambos."

Yôga e Sámkhya compartilham de um mesmo objetivo: a libertação. 
Libertação dos condicionamentos e das amarras da personalidade, numa conquista absoluta do autoconhecimento e união com a própria essência. 

Contudo, o Sámkhya é teórico e sua atuação limita-se a estruturar o mapa da mina, enquanto o Yôga é estritamente prático e constitui a caminhada terra-a-terra que ruma ao tesouro, na orientação indicada pelo mapa.


Purusha e Prakrití

O segundo pólo da realidade primeira é Prakrití, que pode ser chamada de substância primordial, origem de todo o universo fenomênico.
Prakrití, assim como Purusha, é atemporal e, nesse sentido, eterna. Prakrití é tomada também num sentido de matriz feminina, que, devido à proximidade de Purusha, elemento masculino primordial, se dinamiza dando início à criação.
Purusha atua sobre a Prakrití como um ímã, à distância. E da Prakrití surge a primeira manifestação (tattva) que é Mahat - "o grande", é assim chamado por ser o mais elevado dos princípios, não existindo nenhum maior que ele. Mahat pode ser entendido como energia cósmica ainda não diferenciada, sendo chamado também de Buddhi. O termo Buddhi dá ao Mahat o sentido específico de "inteligência". Mas tal é a inteligência cósmica, Buddhi nos textos clássicos é comparada ao céu estrelado, ao firmamento, representando a divina inteligência ainda não individualizada.
O terceiro princípio é ahamkára, a individualização, o surgimento do eu; aham em sânscrito significa "eu". Em ahamkára, a inteligência (Buddhi) se individualiza tornando-se inteligência pessoal, intelecto, parte finita do firmamento infinito, expressão humana da inteligência divina. Segundo o Sámkhya, ahamkára não possui estrutura, é uma massa energética que escapa ao sensóreo, é apenas uma vaga autoconsciência, o obscuro conhecimento de ser um "eu". A partir de ahamkára a Prakrití se bifurca, criando de um lado a realidade subjetiva e de outro a realidade objetiva, pois que o princípio de individualização implica o surgimento do sujeito frente aos objetos, do eu frente ao não-eu. No mundo relativo ao sujeito surgem as cinco faculdades sensíveis (tanmatras): sonora, tangível, visível, sápida e olfativa; e os cinco elementos (buttas): éter, ar, fogo, água e terra. Como manifestação do sujeito frente aos objetos surgem as cinco faculdades de ação (Karmendriya): palavra, preensão, locomoção, excreção e prazer, relativos à voz, às mãos, aos pés, ao ânus e ao sexo. Dos tanmatras (qualidades sensíveis) surgem os átomos (paramánu) e moléculas (sthulabhutani), e deles os vegetais (vrikshas) e animais (sharira). Eis como se manifesta Prakrití. Nestas manifestações estão presentes as qualidades primitivas ou modos de manifestação, que são: tamas, rajas e sattwa.
Extraído do livro Yôga e Consciência, de HENRIQUES, Antônio Renato. Pág. 61-64. 2a. ed. Ed. Rígel. São Paulo, 1984.

Mais explicações sobre o SwáSthya Yôga você pode encontrar neste site:
http://www.yogakobrasol.org/html/o-swasthya-yoga.php


Um dos aspectos diferenciados da Cultura SwáSthya para a do Sámkhya Yôga é a abertura para pesquisas teóricas e filosóficas de outras linhagens antropológicas como de culturas afro brasileiras, indígenas, mitologias mundias, questões metafísicas astrológicas e outras pesquisas ancoradas também no conceito de perspectivismo de Eduardo V. de Castro.

Yôga ( Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao Samadhy - Definição do Mestre De Rose.) A metodologia visa o aprofundamento da questão da Dança no Yôga. O FOCO NA DANÇA, na expressividade do movimento, no estilo livre e no desenvolvimento de uma dança pessoal: orgânica, natural, feminina, primitiva. 

"HISTORIAS...podem ensinar,corrigir erros,iluminar o coração,
oferecer um abrigo psicológico,promover mudanças e curar feridas.."

C. Pinkola Estes


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